Não se pode prever com exatidão. Tudo pode acontecer, mas baseado nas concepções negativas que hoje a maior parte da população e governantes tem sobre guerra mundial, essa hipótese está praticamente fora de cogitação.
Lendo hoje uma parte do livro “Sapien - uma breve história da humanidade”, de Yuval Noah Harari, me deparei com essa questão de conflitos e guerras, onde ele defende que estamos vivendo em tempos pacíficos, alegando que guerras podiam gerar lucros na era pré-moderna, mas hoje em dia geram prejuízos.
O aclamado intelectual historiador Yuval aponta quatro fatores pelos quais é muito difícil eclodir uma nova guerra mundial:
a) Capitalismo. O capitalismo prospera em ambientes de paz, onde se protege as propriedades privadas, os contratos são respeitados e a economia é estável;
b) medo de um extermínio em massa. As armas nucleares podem causar danos apocalípticos ao planeta e ameaçar a sobrevivência da espécie humana;
c) elites e governos mais pacíficos. Hoje as pessoas de um modo geral, de cidadãos comuns a representantes do poder, estão cada vez mais empenhadas em promover a paz; e
d) mundo globalizado. Hoje os países estão cada vez mais dependentes uns dos outros e isso implica cultivar a tolerância.
Até agora o conflito da Rússia com a Ucrânia só envolve os dois países. Os Estados Unidos e a OTAN não entraram diretamente no conflito porque estão preferindo optar por vias mais pacíficas para evitar mais mortes e barrar a ameaça do holocausto nuclear. As medidas que estão tomando são a imposição de sanções à Rússia e auxílio à população e tropas ucranianas.
Acredita-se que com as sanções e a pressão internacional, além da desaprovação do próprio povo russo, o presidente Putin irá desistir da guerra. Ir contra acordos de paz seria uma forma de atestar o desejo de Putin de causar danos ao mundo. Ele irá ceder às pressões ou irá assombrar o mundo inteiro com medidas desesperadas e cruéis que marcará mais uma página sangrenta e sombria da história da humanidade? Saberemos em breve. Que prevaleça a primeira alternativa.
(Wennes Mota)